Os trovões de calmaria

Que chegam a dar agonia

Oh senhoria

Eu quero nossa sincronia

Não pensei que demoraria

Já ficou fria

Nossa geometria

Que antes só havia alegria

Que triste melodia

Essa infeliz desarmonia

Fico aqui imaginando nosso primeiro encontro
Será que foi um reencontro?
Ah que sorte foi a minha
De ter visto uma estrelinha
Tão bonitinha

Tão dificil de encontrar
Um ponto pra se guiar
Seus olhos são de iluminar
O meu caminhar

Tão linda é
Que não se pode imaginar
O que a sua beleza pode exalar
Seu cheiro é de encantar
O mais belo olhar




E foi assim que aconteceu
Em um pequeno momento
De uma tardia demora
Chegou a amar
O seu caminhar
Que desviou o olhar

Tão perto estava
Em um lugar tão alto
Aos olhos imaginar
Uma flor a dançar
Mais a tristeza ao desabar
Risos a contagiar
Foi o olhar

Reticências



Aconteceu mais uma vez
Já não lembro quantas foram
E agora escrevo novamente

Continuo a escrever sem saber
Sei que amar é sofrer
Tenho que falar para seus ouvidos
Tudo aquilo que vivo

Cada um escolhe como viver
Descrever com palavras é temer
Que um dia possa esquecer

Desconhecida



Todo dia ela vai pra mesa
Se alimentar com a nobreza
Fazer coisa de princesa
Comer, comer para sua beleza

Ela fica lá no alto do castelo
Com seus olhos no céu
Observando o desenhar
Do caminhar das nuvens

Na noite surgem
Os sentimentos escondidos
Que são desconhecidos
E contidos

Então ela acorda
De maneira esforçada
Para sua luta buscar


Suave



Lábios que são como um tecido
Que qualquer lâmina as cortam
De uma ternura sútil

Prónuncias começam soar
Em um mar de palavras
Começam a bailar
O vento rodeia a árvore
Folhas dançam em volta

Que belas palavras
Se soltam no ar
Que me fazem desejar
Ouvir ela a cantar

O quadro das vozes

O velho que sempre dirá visse
Por medo da incerteza

Dito pela redondezas
De pura maluquice

Sua doidice
Não será uma tagarelice
Frutos da velhice

Visse a birutice
Da modernice